A HORA DA HORTA A primeira HQ onde os índios terão cor de índios pintados com urucum Flávio Calazans zans zans
Fui um dos quadrinhistas convidados da Prefeitura de são Vicente para um projeto de fazer HQs de 4 páginas para sairem no jornal A TRIBUNA comemorando os 500 anos de fundação de São Vicente,
na reuniao escolhi as primeiras HORTAS enquanto outros brigavam por PIRATAS, escravos indigenas, e outros temas menos desafiadores, mais fáceis, e eu queria me superar e fazer o dificil;
e como minha família é de ITANHAEM (Martin Afonso "fundou" ambas vilas, São Vicente e Itanhaém em 1532 sobre vilas ja existentes fundadas por degredados pela expedição cartografica de AMÉRICO VESPUCIO- italiano protegido do Banco Médici de Florença- de 1502) roterizei e desenhei baseado na minha arvore genealógica e na historia oral da minha propria familia e livros como "História da Capitania de São Vicente" de Pedro Taques Almeida Paes Leme .
O formato de meia página de tabloide era igual a da tela do computador e isto foi outro desafio interessante para mim, gosto de inovar e de me superar e o desafio era interessante como exercício, Usei livros classicos como "HISTORIA DA CAPITANIA DE SÂO VICENTE" de Pedro Taques Almeida Paes Leme- pois a capitania hereditária de São Vicente abrangia o que hoje é São Vicente, Santos, Bertioga, Guarujá, Santo André e até Piratininga ou São Paulo.- somados à historia oral da minha propria familia,
levei cerca de UM ANO entre pesquisa e desenho usando muito pontilhismo. Acabei fazendo uma versão minha bem autoral e pessoal mais longa.
Assim, quando batizei minha índia de “Iraê”, o fiz inspirado nos nomes indígenas de minha avô Juracy (mãe das conchas em Nheengatu ou Tupi Guarani), da tia avó Iracy (mãe do mel, ou abelha trabalhadora) , pois “IRA” em tupi-guarani significa MEL e o sufixo “Ê” significa sabor ou gosto, paladar;
assim sendo, Iraê significa sabor de mel ou doce como mel , indicando a índole meiga e agradável, adocicada, desta minha personagem, que seria uma escrava indígena da etnia ou tribo TUPINAMBÀ, grupo antropófago que era aliado dos franceses, daí a personagem falar frases em idioma francês.
Minhas índias seriam colorizadas com um pigmento que eu desenvolvi usando a semente URUCUM, obtendo a coloração avermelhada-ocre mais próxima da pele dos índios, que empregavam este corante rubro por todo o corpo e eram chamados de “PELE VERMELHA”, um diferencial único que eu planejei para destacar como notícia minha HQ entre tantas outras que vinham sendo publicadas.
“A primeira HQ onde os índios terão cor de índios” escrevi no release de divulgação desta HQ.
Este tema dos índios canibais e os franceses pode ser aprofundado no livro de Hans Staden “Duas viagens ao Brasil”, ele foi comandante do Forte São Jorge de Bertioga (Vespúcio entrou no canal no dia de São Jorge em 1502) , e no livro descreve o tempo em que foi prisioneiro desta tribo e estava destinado a ser servido em um banquete canibal em 1553, período histórico cronológica e geograficamente muito próximo ao que eu retrato na HORA DA HORTA.
Nesta segunda versão, a infanto-juvenil, para não “vestir” as índias com ridículos e historicamente falsos saiotes de penas de papagaios, desde os preliminares esboços e estudos já fiz uso dos BALÕES de fala dos personagens para cobrir nádegas e seios, tornando as imagens “adequadas” ao público infantil sem desenhar mentiras iconográficas; quando fazemos HQ histórica temos um grande compromisso com a maior exatidão possível da pesquisa e com o leitor, que confiará no que olha e registrará os desenhos em seu imaginário pessoal .
na reuniao escolhi as primeiras HORTAS enquanto outros brigavam por PIRATAS, escravos indigenas, e outros temas menos desafiadores, mais fáceis, e eu queria me superar e fazer o dificil;
e como minha família é de ITANHAEM (Martin Afonso "fundou" ambas vilas, São Vicente e Itanhaém em 1532 sobre vilas ja existentes fundadas por degredados pela expedição cartografica de AMÉRICO VESPUCIO- italiano protegido do Banco Médici de Florença- de 1502) roterizei e desenhei baseado na minha arvore genealógica e na historia oral da minha propria familia e livros como "História da Capitania de São Vicente" de Pedro Taques Almeida Paes Leme .
O formato de meia página de tabloide era igual a da tela do computador e isto foi outro desafio interessante para mim, gosto de inovar e de me superar e o desafio era interessante como exercício, Usei livros classicos como "HISTORIA DA CAPITANIA DE SÂO VICENTE" de Pedro Taques Almeida Paes Leme- pois a capitania hereditária de São Vicente abrangia o que hoje é São Vicente, Santos, Bertioga, Guarujá, Santo André e até Piratininga ou São Paulo.- somados à historia oral da minha propria familia,
levei cerca de UM ANO entre pesquisa e desenho usando muito pontilhismo. Acabei fazendo uma versão minha bem autoral e pessoal mais longa.
Assim, quando batizei minha índia de “Iraê”, o fiz inspirado nos nomes indígenas de minha avô Juracy (mãe das conchas em Nheengatu ou Tupi Guarani), da tia avó Iracy (mãe do mel, ou abelha trabalhadora) , pois “IRA” em tupi-guarani significa MEL e o sufixo “Ê” significa sabor ou gosto, paladar;
assim sendo, Iraê significa sabor de mel ou doce como mel , indicando a índole meiga e agradável, adocicada, desta minha personagem, que seria uma escrava indígena da etnia ou tribo TUPINAMBÀ, grupo antropófago que era aliado dos franceses, daí a personagem falar frases em idioma francês.
Minhas índias seriam colorizadas com um pigmento que eu desenvolvi usando a semente URUCUM, obtendo a coloração avermelhada-ocre mais próxima da pele dos índios, que empregavam este corante rubro por todo o corpo e eram chamados de “PELE VERMELHA”, um diferencial único que eu planejei para destacar como notícia minha HQ entre tantas outras que vinham sendo publicadas.
“A primeira HQ onde os índios terão cor de índios” escrevi no release de divulgação desta HQ.
Este tema dos índios canibais e os franceses pode ser aprofundado no livro de Hans Staden “Duas viagens ao Brasil”, ele foi comandante do Forte São Jorge de Bertioga (Vespúcio entrou no canal no dia de São Jorge em 1502) , e no livro descreve o tempo em que foi prisioneiro desta tribo e estava destinado a ser servido em um banquete canibal em 1553, período histórico cronológica e geograficamente muito próximo ao que eu retrato na HORA DA HORTA.
Nesta segunda versão, a infanto-juvenil, para não “vestir” as índias com ridículos e historicamente falsos saiotes de penas de papagaios, desde os preliminares esboços e estudos já fiz uso dos BALÕES de fala dos personagens para cobrir nádegas e seios, tornando as imagens “adequadas” ao público infantil sem desenhar mentiras iconográficas; quando fazemos HQ histórica temos um grande compromisso com a maior exatidão possível da pesquisa e com o leitor, que confiará no que olha e registrará os desenhos em seu imaginário pessoal .
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