O TERRORISMO como bússola moral no pleito de 2018 no Brasil à luz de Sartre - por Flávio Calazans

Posso dar uma modesta contribuição ao processo decisório da eleição presidencial, dirimindo certas dúvidas, haja visto que percebo muitos amigos confusos e sendo engabelados por ardilosas e traiçoeiras armadilhas de cujo ideológico, fazendo campanhas em redes sociais para "cavalos de tróia" de um projeto antidemocrático de matriz marxista-stalinista-bolchevista-bolivariana .

Trata-se apenas e meramente de um simplório exercício de bússola moral.

Considerando, segundo o Existencialismo de Sartre , que devemos fazer os homens compreenderem que são responsáveis pelo que fazem de sua existência, não apenas em relação a si próprios, mas em relação a todos os homens. A nossa responsabilidade, diante de nossos atos, envolve toda a humanidade e é muito maior do que podemos supor.

E cada escolha ao ser posta em ação provoca mudanças no mundo que não podem mais ser desfeitas.

Reconhecendo-se livre, o indivíduo dá-se conta de que não apenas escolhe para si, mas também para toda humanidade.

Sou, desse modo, responsável por mim mesmo e por todos e crio determinada imagem do homem por mim mesmo escolhido; por outras palavras: escolhendo-me, escolho o destino e futuro de toda humanidade.

Todas as escolhas de uma pessoa levam à transformação do mundo para que ele se adapte ao seu projeto.



Cesare Batisti é um ex-terrorista e escritor italiano membro dos Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), grupo de extrema esquerda ativo na Itália nos anos 1970.

Em 1987, Battisti foi preso e condenado pela justiça italiana (do país dele próprio) por terrorismo à prisão perpétua, pela suposta autoria, direta ou indireta, dos quatro homicídios atribuídos ao PAC, e também sob acusação de participação em grupo armado terrorista, assalto e receptação de armas.

Batistini foge para Paris, onde viveu como porteiro até ter a extradição decretada. Foge para o México, mas volta para França. Mas Battisti conseguiu fugir da prisão de Frosinone, em 4 de outubro de 1981, com a ajuda de Pietro Mutti, o futuro "arrependido", que lhe imputaria participação central nos crimes e delitos atribuídos aos PAC,

Battisti , já então um terrorista condenado, fugiu para o Brasil. Todavia, em 2007 o governo da Itália apresentou o pedido de extradição, seguindo-se a prisão preventiva de Battisti. Em 2009, o Supremo Tribunal Federal autorizou a extradição, mas como extradição é feita mediante decreto, a decisão final é do presidente da República. Battisti permaneceu preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília até dezembro de 2010.

Em 31 de dezembro, mediante nota divulgada pelo Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva do PT anunciou que decidira não conceder a extradição do ex-militante italiano.

A decisão teve grande destaque nos meios de comunicação italianos e internacionais, e foi duramente criticada pela imprensa e pelo governo italianos, a Itália inclusive anunciou a convocação do seu embaixador em Brasília.

Em 8 de junho de 2011, o Supremo Tribunal Federal aparelhado pelo PT segundo proposta de Gramsci finalmente decidiu, por 6 votos a 3, acatar a libertação de Battisti.

Proponho Battisti como fiel da balança moral, a saber: o candidato a presidente (ou a Deputado ou Senador) no qual você pretende depositar seu voto de confiança por representar o seu projeto de mundo e seu desejo para o futuro do Brasil , seu candidato teria decidido ou lutado A FAVOR ou CONTRA a extradição do terrorista condenado para cumprir pena no país dele mesmo?

Ora, se seu candidato protege terrorismo, dá guarida a criminoso condenado, qual será a conseqüência lógica deste paradigma ético e político na construção do Brasil no qual voce vai envelhecer e conviver , criar seus filhos e netos? Qual a imagem internacional deseja para o seu país? Terra sem lei e de bandidos que abraça terroristas e criminosos condenados pelos outros países?

Battisti seria EXTRADITADO se , no lugar do LULA, fosse o seu candidato quem tomasse esta decisão? Ou seria protegido por Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT), Vera Lúcia (PSTU) , Marina (REDE) , Guilherme Boulos (PSOL), e outros do espectro cromático vermelho.

Ao contrário, se seu candidato teria extraditado o terrorista condenado, qual repercussão teria para a imagem internacional do Brasil?

Proponho este simplório exercício de lógica para dirimir dúvidas e oferecer um parâmetro ético, moral e jurídico que torne evidente e óbvio qual a consequência de seu voto no seu candidato, seja honesto e não minta para vc mesmo ai ponderam sua reflexão em resposta a minha proposta :

- Battisti será protegido pelo meu Brasil (incentivando, como precedente, a vinda de todos condenados para usufruírem do mesmo por isonomia) ou Battista é extradidato e devolvido ao país dele para cumprir pena pelos seus crimes (incluindo homicídios) pelos quais foi condenado, afirmando o Brasil como um "Estado de Direito" que respeita as leis, tratados e convenções internacionais? Qual modelo de Brasil será o que você deseja para toda existência de todos nós?

Bolsonaro afirma que vai extraditar Italiano Cesare Battisti -- https://www.destakjornal.com.br/brasil/eleicoes-2018/detalhe/bolsonaro-afirma-que-vai-extraditar-italiano-cesare-battisti

O TERRORISMO como bússola moral no pleito de 2018 no Brasil à luz de Sarte - por Flávio Calazans

Comentários

  1. Sempre se trata de uma questão de fé o voto no seu candidato - "credo quia absurdum". Creio por ser absurdo. Expressão de Santo Agostinho para determinar a decisão da fé constituído pelas verdades reveladas diretamente pelo poder maior patriarcal, uma escolha decisória que a razão humana não compreende por não se basear em lógica nem ser racional.

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  2. Sim, creio ser evidente e de um óbvio ululante, Paula Malfitanni nisto vc está certa , Sempre se trata de uma questão de fé o voto no seu candidato - "credo quia absurdum". Creio por ser absurdo.

    Expressão de Santo Agostinho para determinar a decisão da fé constituído pelas verdades reveladas diretamente pelo poder maior patriarcal, uma escolha decisória que a razão humana não compreende por não se basear em lógica nem ser racional.

    Olhe no final do texto do blog pois apenas um candidato declarou explicitamente sua posição existencialista sobre esta escolha que compromete todo nosso futuro como ação, segundo Sarte

    Marcio Miorim eu aplico sim as premissas de Sarte a caso concreto e prático, faço o mesmo com Brecht e com todos cujo nome seja argumento de autoridade para meu leitor, assim proponho a maiêtutica de Sócrates na busca da verdade expondo o perigo ilógico da contradição interna do discurso José Luiz Galvão e Chico Marques

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