O Dia do Designio. Calazans zans zans © - zans zans suɐzɐlɐɔ
Desde as pinturas nas cavernas que os desenhistas e artistas representam o aspecto místico, ou religioso - (religião significa re-ligare, reunir, juntar o que foi separado; como Isis reunindo os membros de Osiris esquartejado no Egito, Tiamate despedaçada na Suméria e Babilônia, Ymir partido na Noruega, Purushuna espalhado em todos os seres na ìndia, Pan-Ku na China, Tiradentes com pedaços por toda estrada entre Minas Gerais e Rio de Janeiro, Frankenstein, os Heterônimos de Fernando Pessoa, etc..).
“Se a religiosidade não existisse, eu teria a necessidade de inventá-la. Os artistas verdadeiros são, em suma, os mais religiosos dos mortais”- Rodin, em “O misticismo na Arte”, capítulo do livro “A Arte” com lições de Rodin reunidas por seu secretário Rilke, autor do livro “Cartas a um jovem poeta”.
O “plano de DEUS” ou “Vontade de DEUS” é o “DESIGNIO”, do idioma italiano “DIO SIGNO”, um sinal de Deus, um dom divino; esta palavra dá origem ao termo “DESENHO”, “DESIGN”; ser desenhista é ter sido designado, ter um desígnio, uma missão, minhas histórias em quadrinhos são escritas e desenhadas por mim e são mensagens com algo a dizer fazendo uso de símbolos.
Etimologicamente, a palavra "símbolo" vem do grego “SIM” que significa sintonia, sincronia, sinfonia, afinado, marchando junto; e “BALLO”, que significa lançar ou jogar, ou seja, lançar-se juntos, ir na mesma direção unidos, o símbolo é o que nos une, nos junta em comunidade, em comunhão.
A palavra "DEUS" vem do indoeuropeu "DYAUSH”, que significa "luminoso". Essa palavra também deu origem a "DIA" (período luminoso), daí o faraó egípcio “Amenófis Quarto” mudar seu nome para “AQUENATON” e criar o primeiro monoteísmo, o culto do Deus-Sol “ATOM” que brilha igual para todos os seres e coisas neste planeta.
A luz do Dia podemos ver a Verdade (fora das sombras mentirosas do “Mito da Caverna” de Platão); e a busca da verdade sempre constituiu um dos problemas fundamentais da Filosofia; sem essa busca não existiriam filósofos. Sua preocupação primeira tem sido, em todos os tempos, situar a vida humana sob o aspecto da verdade.
Filosofia é uma prática de observar a realidade que nos cerca, no meu álbum de quadrinhos "GUERRA AS IDEIAS" temos resumos de filosofias em sua dialética, em diálogos, mas conhecer livros e palavras difíceis deles é apenas mera erudição, ler mil livros não torna você um filósofo, um “amigo da sabedoria” como definiu o matemático grego PITÁGORAS que influenciou Platão e Aristóteles.
Na Internet assisti um professor dar uma metáfora elucidativa de Filosofar: Imagine um erudito que passou anos lendo e estudando as partituras musicais de todas as óperas; Vivaldi, Mozart, Beethoven, Wagner, e as sabe de cor, cada nota, cada pausa; mas este erudito de gabinete viveu numa torre-biblioteca e nunca na vida dele foi a ópera, nunca ouviu uma orquestra filarmônica tocando uma ária de uma destas óperas – imagine então levar o erudito ao teatro e qual seria o impacto nele, o deleite de ouvir os músicos entoarem em seus instrumentos e ser tomado e emocionado pela beleza da melodia e harmonia!
Esta é a diferença entre ler livros de filosofia e estar presente vendo um filósofo vivo filosofar na sua frente.
A presença do filósofo é o que os budistas chamam “Satsang”, sentar junto, estar no campo búdico, ser contagiado pela beleza e verdade pujante de um pensamento filosófico brotando na sua frente, sendo construído passo a passo, este contágio é o tal “conhecimento por presença” que Sócrates passou a Platão e este passou a Aristóteles.
Durante meu mestrado fui orientado na ECA USP pelo Dr, Modesto Farina, italiano filho de consul nascido no Egito, que foi orientado pelo Filósofo BENEDETTO CROCE, na academia Croce seria meu “avô acadêmico” e Farina meu patrono ou pai acadêmico.
Como orientado do Farina tive acesso aos encontros da BASF do grupo de pesquisas “CASA DA COR”, onde tive o choque estremecedor e estarrecedor de presenciar a palestra de “VILÉM FLUSSER” (Praga, 12 de maio de 1920 — Praga, 27 de novembro de 1991).
Flusser era filósofo autodidata, judeu nascido em Praga, Tchéquia, morou no Brasil e escreveu sua obra filosófica em idioma português, com livros publicados em todo o mundo, foi o Filósofo das Tecnologias, das Imagens Técnicas, da Fotografia e Imagem digital, lecionou “Filosofia da Ciência” da POLI USP e “Teoria da Comunicação” na FAAP.
O impacto de ouvir e ver Flusser por uma hora pensando a “civilização judaico-cristã” mudou minha vida e direcionou minha postura dali para sempre; com minhas alunas de artes (cujos maridos engenheiros foram alunos de Flusser) eu consegui fotocópias xerox de três jogos das apostilas mimeografadas que Flusser distribuía nas aulas da Poli, e cada jogo era diferente, em cada aula de cada ano Flusser comentava aspectos diferentes da realidade, era uma filosofia sobre o mundo real, era VERDADEIRA!
Consegui as cartas de Flusser à “CASA DA COR”, projeto da BASF que Flusser era “O” mentor! Li tudo o que pude e consegui todos os livros dele em sebos (“Pós-História”, “Natural:Mente”, “Língua e Realidade”, etc.), pois não existia Internet; xeroquei artigos dele em revistas científicas das bibliotecas, estudando e relendo percebi as sutilezas do humor judaico e a fina ironia socrática permeando a fala flusseriana; um ano depois no encontro seguinte da “CASA DA COR” assisti a segunda palestra de Flusser já muito bem preparado e tomei coragem de abordar Flusser e conseguir um autógrafo dele.
Calazans zans zans © - zans zans suɐzɐlɐɔ
“Se a religiosidade não existisse, eu teria a necessidade de inventá-la. Os artistas verdadeiros são, em suma, os mais religiosos dos mortais”- Rodin, em “O misticismo na Arte”, capítulo do livro “A Arte” com lições de Rodin reunidas por seu secretário Rilke, autor do livro “Cartas a um jovem poeta”.
O “plano de DEUS” ou “Vontade de DEUS” é o “DESIGNIO”, do idioma italiano “DIO SIGNO”, um sinal de Deus, um dom divino; esta palavra dá origem ao termo “DESENHO”, “DESIGN”; ser desenhista é ter sido designado, ter um desígnio, uma missão, minhas histórias em quadrinhos são escritas e desenhadas por mim e são mensagens com algo a dizer fazendo uso de símbolos.
Etimologicamente, a palavra "símbolo" vem do grego “SIM” que significa sintonia, sincronia, sinfonia, afinado, marchando junto; e “BALLO”, que significa lançar ou jogar, ou seja, lançar-se juntos, ir na mesma direção unidos, o símbolo é o que nos une, nos junta em comunidade, em comunhão.
A palavra "DEUS" vem do indoeuropeu "DYAUSH”, que significa "luminoso". Essa palavra também deu origem a "DIA" (período luminoso), daí o faraó egípcio “Amenófis Quarto” mudar seu nome para “AQUENATON” e criar o primeiro monoteísmo, o culto do Deus-Sol “ATOM” que brilha igual para todos os seres e coisas neste planeta.
A luz do Dia podemos ver a Verdade (fora das sombras mentirosas do “Mito da Caverna” de Platão); e a busca da verdade sempre constituiu um dos problemas fundamentais da Filosofia; sem essa busca não existiriam filósofos. Sua preocupação primeira tem sido, em todos os tempos, situar a vida humana sob o aspecto da verdade.
Filosofia é uma prática de observar a realidade que nos cerca, no meu álbum de quadrinhos "GUERRA AS IDEIAS" temos resumos de filosofias em sua dialética, em diálogos, mas conhecer livros e palavras difíceis deles é apenas mera erudição, ler mil livros não torna você um filósofo, um “amigo da sabedoria” como definiu o matemático grego PITÁGORAS que influenciou Platão e Aristóteles.
Na Internet assisti um professor dar uma metáfora elucidativa de Filosofar: Imagine um erudito que passou anos lendo e estudando as partituras musicais de todas as óperas; Vivaldi, Mozart, Beethoven, Wagner, e as sabe de cor, cada nota, cada pausa; mas este erudito de gabinete viveu numa torre-biblioteca e nunca na vida dele foi a ópera, nunca ouviu uma orquestra filarmônica tocando uma ária de uma destas óperas – imagine então levar o erudito ao teatro e qual seria o impacto nele, o deleite de ouvir os músicos entoarem em seus instrumentos e ser tomado e emocionado pela beleza da melodia e harmonia!
Esta é a diferença entre ler livros de filosofia e estar presente vendo um filósofo vivo filosofar na sua frente.
A presença do filósofo é o que os budistas chamam “Satsang”, sentar junto, estar no campo búdico, ser contagiado pela beleza e verdade pujante de um pensamento filosófico brotando na sua frente, sendo construído passo a passo, este contágio é o tal “conhecimento por presença” que Sócrates passou a Platão e este passou a Aristóteles.
Durante meu mestrado fui orientado na ECA USP pelo Dr, Modesto Farina, italiano filho de consul nascido no Egito, que foi orientado pelo Filósofo BENEDETTO CROCE, na academia Croce seria meu “avô acadêmico” e Farina meu patrono ou pai acadêmico.
Como orientado do Farina tive acesso aos encontros da BASF do grupo de pesquisas “CASA DA COR”, onde tive o choque estremecedor e estarrecedor de presenciar a palestra de “VILÉM FLUSSER” (Praga, 12 de maio de 1920 — Praga, 27 de novembro de 1991).
Flusser era filósofo autodidata, judeu nascido em Praga, Tchéquia, morou no Brasil e escreveu sua obra filosófica em idioma português, com livros publicados em todo o mundo, foi o Filósofo das Tecnologias, das Imagens Técnicas, da Fotografia e Imagem digital, lecionou “Filosofia da Ciência” da POLI USP e “Teoria da Comunicação” na FAAP.
O impacto de ouvir e ver Flusser por uma hora pensando a “civilização judaico-cristã” mudou minha vida e direcionou minha postura dali para sempre; com minhas alunas de artes (cujos maridos engenheiros foram alunos de Flusser) eu consegui fotocópias xerox de três jogos das apostilas mimeografadas que Flusser distribuía nas aulas da Poli, e cada jogo era diferente, em cada aula de cada ano Flusser comentava aspectos diferentes da realidade, era uma filosofia sobre o mundo real, era VERDADEIRA!
Consegui as cartas de Flusser à “CASA DA COR”, projeto da BASF que Flusser era “O” mentor! Li tudo o que pude e consegui todos os livros dele em sebos (“Pós-História”, “Natural:Mente”, “Língua e Realidade”, etc.), pois não existia Internet; xeroquei artigos dele em revistas científicas das bibliotecas, estudando e relendo percebi as sutilezas do humor judaico e a fina ironia socrática permeando a fala flusseriana; um ano depois no encontro seguinte da “CASA DA COR” assisti a segunda palestra de Flusser já muito bem preparado e tomei coragem de abordar Flusser e conseguir um autógrafo dele.
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