Os 4 Estados da mente em relação à verdade- Ignorância Dúvida, Opiniâo e CERTEZA (Absoluta, Hipotética, Metafísica, Moral, Científica, Religiosa e Vulgar)

Os Quatro Estados da mente em relação à verdade- Ignorância Dúvida, Opiniâo e CERTEZA (Absoluta, Hipotética, Metafísica, Moral, Científica, Religoosa e Vulgar) "Contudo, o que é a verdade?

As realidades em si não são adequadamente verdadeiras nem falsas, cada realidade é o que ela é em verdade. Exemplo: dizer “ouro de 18 quilates” é exatamente a mesma coisa que dizer “ouro verdadeiro de 18 quilates verdadeiros”. É claro e evidente que ouro de 18 quilates não é ouro falso de 20 quilates.

Se a sede da verdade não são as realidades qual será então essa sede? A verdade se realiza no ato do julgamento da mente a respeito das realidades. Assim, pode-se haver um erro de julgamento e não da realidade em si.

A criatura observa a criação (objeto) e, com sua consciência, julga. Daí pode surgir a verdade ou o erro.

A verdade nasce, pois, do julgamento da mente a respeito das realidades. Só podem ser qualificados como verdadeiros ou falsos os julgamentos da mente humana a respeito de tais fenômenos ou realidades. Nessa adequação ou inadequação da mente é que consiste precisamente a verdade e o erro.

A vida ou a realidade é anterior e posterior à ciência, ou seja, é eterna em si mesma e independente.

Compreendemos, então, que se extrair a verdade da realidade possa ser a razão da Criação, o sentido da vida – o desenvolvimento da consciência (Consciência de si mesmo, com Ciência, com domínio e controle completo).

Segundo Aristóteles, o “conhecimento se diz verdadeiro enquanto exprime conformidade com a realidade”.

O ser humano é dotado da capacidade de comunicar-se. As palavras também podem ser denominadas verdadeiras ou falsas, não em si mesmas, mas somente em relação ao pensamento ou na dependência do pensamento que traduzem. Falar a verdade significa falar com palavras a verdade que se tem em mente.

Não falar a verdade significa o simples erro, comunicar o que de fato se tem na mente quando isso não corresponde à realidade. Mentir significa comunicar algo diferente daquilo que de fato se tem na mente, ou seja, acrescentam-se aspectos de qualificação moral.

Estados da mente em relação à verdade:

Ignorância – desconhecimento da verdade. Enunciados não possíveis de demonstração (número de estrelas, por exemplo).

Dúvida – indefinição ou suspensão do julgamento. Real quando a ponderação dos motivos conduz a um equilíbrio real. Metódica quando questiona temas já aceitos como resolvidos, a fim de reexaminar a validade de seus fundamentos.

Opinião – um progresso na caminhada da certeza. A mente já inclinada em determinada direção de preferência, mas ainda se admite a possibilidade de erro.

Certeza – firme e decidida adesão da mente a determinado enunciado, sem temor de engano. Mas, se faltar a certeza objetiva, temos a certeza a respeito do erro. Esse estado subjetivo e ilegítimo de certeza, que tem por objeto um erro, é muito mais frequente do que fora desejável.

[...]

A Mutabilidade Relativa

Tudo está em perpétuo movimento e em eterna evolução, e nossa mente não pode pretender ser menos mutável que o Universo. Se a realidade muda e a mente não acompanha tal mutação, a verdade anterior cede lugar à falsidade. A verdade universal e eterna dos fatos contingentes é uma ilusão alimentada por espíritos pobres de censo de realidade.

Espécies e graus de certeza:

Absoluta – enunciados categóricos, independentes de condição ou ressalva (está chovendo, por exemplo). Traduz a conformidade da mente com a realidade.

Hipotética – resulta de enunciado hipotético (ex.: se o réu for culpado, deve ser punido).

Metafisica – fundamenta-se na relação de necessidades ou de identidade entre sujeito e predicado de proposições evidentes por si mesmas (ex.: todo efeito tem uma causa). Os filósofos tradicionais dizem que a certeza metafísica se constitui no grau máximo de certeza, porque não a. Ex.: o homem deve fazer o bem e evitar o mal. Esse princípio é tão metafísico, tão ultra-empírico, tão distanciado da realidade concreta, que acaba por não dizer nada ao pretender dizer tudo. O que é o bem? O que é o mal? Somente quando se concretiza a noção de bem em alguma ação real é que o princípio deixa de ser tão fugaz.

Moral – baseia-se na constância relativas das leis que regem a conduta humana. É a certeza que se fundamenta nas leis psicomorais que não tem a mesma constância, extensão e exatidão das leis físicas. Equivale, não à certeza, mas à maior probabilidade.

Científica – resulta da experimentação controlada dos fatos e fenômenos físicos, materiais, concretos. As deduções e especulações metafísicas têm o mérito de explicar o que já se sabe, mas aparentemente nada podem descobrir de realmente novo. A fonte de conhecimentos novos no momento é uma só, a pesquisa científica.

Lembremos aqui que a certeza é sempre relativa à natureza do conhecimento em que se fundamenta.

Religiosa – fundamenta-se nas inspirações da fé que determina a crença nos enunciados dogmáticos (revelados por Deus como verdades divinas).

Vulgar – fundamenta-se no depoimento dos próprios sentidos sensibilizados pelos fatos, nas vivências de cada um ou na aceitação de uma autoridade. É uma espécie de fé humana. Nesses casos, não se busca a comprovação científica dos conteúdos dos enunciados, mas aceitam-se os conteúdos pela fé nos testemunhos, como faz a crença.



PRESTUPA, Juarez de Fausto. Astrologia na Maçonaria: A estrutura eterna e imutável da Maçonaria na relação entre os Landmarks e as 12 Colunas. São Paulo: Madras, 2005. Pg. 151-152, 153-154.

Eu, Flávio Calazans, tive um artigo publicado versando sobre Epistemologia e Ontognoseologia na revista científica da UNISANTOS, e no texto faço uso de minha formação de tradutor-intérprete juramentado (nível poliglota) para buscar a etimologia da “VERDADE” enquanto termo conceitual de linguagem,

pois como recordamos - "Os Limites da Minha Linguagem São os Limites do Meu Mundo" esclarece a famosa frase do filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein (1889-1951) -suas teses desenvolvidas no Tratado foram empregadas pelos filósofos do Circulo de Viena e contribuiram para o desenvolvimento de todo o no positivismo lógico.

Sim, eu combinava Hans George Gadamer com Jacob Bazarian no livro “O problema da Verdade”, Barthes com Peirce e Wittgenstein com Ruppert Sheldrake sem o menor pudor de ser trans-disciplinar!

E tome Dialética serial e Teoria Matematica dos Conjuntos, Matrizes com a matemática do Caos de Mandelbrot!

Naquele artigo recorri a três idiomas da origem do paradigma civilizatório judaico-cristão em conformidade as teses linguísticas de Vilén Flusser dos livros dele “Lingua e Realidade” e “A pós-História”.

Ou seja, as três verdades ou "TRI-VERDADE CALAZANISTA"-

1)- Começo pelo teológico idioma Hebraico, “EMMUMNAH” é a verdade conjugada no tempo verbal FUTURO, a esperança da revelação divina no futuro, o vislumbre da profecia e da promessa ou aliança, de uma expressada vontade a ser cumprida sob a forma talmúdica de um contrato ou testamento (O velho testamento bíblico ou Torá,ou Pentateuco).

2)- Sigo pela filosófica língua grega, “ALETEIA” é a verdade conjugada no tempo verbal PRESENTE, uma investigação reflexiva e pensada descobre e revela a verdade da natureza por meio da Lógica Maior e explicada com Lógica Menor evitando sofismas dolosos-intencionais ou os erros culposos das Falácias. .De Sócrates vem as perguntas da Maiêutica- o parto ou método socrático, origem das ciências de Aristóteles e do Metodo de Descartes.

3)- Chego aos estóicos Romanos e no idioma Latim “VÉRITAS” é a verdade conjugada no tempo verbal passado, o depoimento de um interrogatório judicial a verdade jurídica das provas processuais e das testemunhas, de Sêneca a Cicero, de Ovídeo a Marco Aurélio.

De fato, para Nietzsche a verdade é apenas e tão somente um mero ponto de vista. Ele não aceita definição da verdade, porque não se pode alcançar uma certeza sobre a definição do que exatamente poderia ser considerado objetiva e corretamente como o oposto da mentira. Daí seu texto "como filosofar com o martelo" ou “Filosofia a marteladas” que sempre recorda-me a linda música de Rita Pavoni, nascida em Torino- Itália, cidade de minha Bisavó Felictá Conti Gavosco, copi e cole no seu navegador e ouça a letra - https://www.youtube.com/watch?v=v3LQ80i2CmY.

Encerro considerando nosso Tupi Guarani, o "nenhengatu", um idoma de verbos-ações no tempo GERUNDIO, o aqui-agora do Budismo Jaina, o tempo da Iluminação ou ESTADO BUDA-

Afinal, no julgamento de YESHUA Pilatos finalmente faz a famosa pergunta: «Que é a verdade?» (João 18:38) (em latim: Quid es veritas?),

Jesus cruxificado entre dois ladrões- um pergunta do passado dele e seus milagres, é a mente do preterito-imperfeito com seus remorsos, o outro ladrão pergunta do futuro no céu, é a mente do futuro-mais-que-perfeito;

ambos ladrões tentam roubar a mente do aqui-agora, do gerundio, de viver este momento do agora aqui neste lugar.

Porisso tenho um cruxifixo com as tres cruzes, para lembrar que meu despertar (buda em sanscrito) é como Jesus, sem ser roubado pelos dois ladrões de viver meu aqui agora.

"É possível enganar todas as pessoas por algum tempo, ou enganar algumas pessoaspor toda a vida, mas não é possível enganar a todas as pessoas para sempre."(Abraham Lincoln, ex-presidente dos EUA).

"A mentira tem perna curta".

"Quando a verdade é substituída pelo silêncio, o silêncio é uma mentira" Eugeny Yevtuchenko .

“Ridentem dicerce verum quid vetat ?" (O que impede quem ri de dizer a verdade?).

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