Lafaiete apresenta Calazans
Um pouco de Calazans
Falar sobre Flávio Calazans pode ser uma missão difícil, pois você corre o risco de não conseguir realizar um testemunhal à altura de sua mente brilhante.
A primeira vez que tomei conhecimento sobre sua pessoa foi por meio dos comentários de um amigo, que falava de uma de suas mais conhecidas obras, a Guerra dos Golfinhos, publicada em capítulos numa revista na década de 1990.
Logo depois vim a conhecê-lo pessoalmente, no meu 2º ano no curso de Bacharelado em Artes Plásticas pela UNESP de São Paulo como professor na disciplina de multimídia.
Suas aulas foram um choque de realidade para mim... Filosofia, semiótica, cores, tecnologia, mitologia, marketing, artes visuais, biologia, Gestalt...
Suas agradáveis e fantásticas aulas faziam um amálgama das várias áreas do conhecimento humano, demonstrando que todo o saber se interliga de alguma forma.
Posso fazer o comparativo do nadador que flui livre pelas águas (que ele tanto ama), assim é Calazans através dos oceanos da nossa cultura.
Fora o fato de que muitas coisas das quais citou em suas aulas, hoje se concretizam com as mais novas tecnologias, basta ler em seus livros e artigos: tecnologias subliminares, realidade virtual, biotecnologia, tudo isso e muito mais já inseridos em nosso cotidiano.
Sua produção como quadrinista também é algo bastante marcante – mais de 200(!) histórias publicadas em fanzines e revistas no Brasil e no mundo.
Seus quadrinhos mostram que domina com maestria a arte das narrativas gráficas com seu traço leve e ágil, enquadramentos dinâmicos e diagramação ousada.
Seus roteiros são algo de diferenciado, dotados de grande inteligência, vão de temas como o misticismo, mensagens político-filosófico, humor, drama...
Enfim, um trabalho carregado de geniais sacadas que só alguém com a sagacidade e a visão de mundo de Calazans poderia realizar.
Ele publicou álbuns marcantes em nossa cena independente: Guerra das Ideias, Absurdo, Guerra dos Golfinhos, A Hora da Horta.
Algo de hercúleo num cenário tão instável como o nosso.
Se falássemos somente do artista, já seria histórico, porém de 1979 até 2000, Calazans editou um dos mais frutíferos projetos das HQs nacionais: A revista BARATA, reconhecida internacionalmente, durante mais de 20 anos revelou diversos autores, sendo uma das mais criativas trincheiras do quadrinho alternativo em nosso país.
Porém, muito além do professor, cientista e artista, posso me alegrar em dizer que conheci o “ser humano” Calazans. Sujeito integro, amigo e que não mede forças para nos auxiliar.
Dando valiosas dicas (sem esconder ou omitir informação como fazem alguns), indicando caminhos, estimulando o desenvolvimento e o crescimento de projetos e trabalhos pessoais de seus alunos e orientandos.
Sem sombra de dúvidas, afirmo que, muito além do comunicólogo, doutor, ou seja, lá qual for o (merecido) título que se aplique, aí está uma pessoa extraordinária, um cara diferenciado, abençoado com uma sabedoria ímpar e um nobre coração.
E para finalizar, posso dizer que um dia com Calazans (seja através de suas conversas, palestras, aulas, ou pela leitura de seus magníficos textos, artigos ou quadrinhos) jamais é um dia perdido – é um dia que você se aprimorou.
Lafaiete Nascimento – São Paulo 08-09-2013
Falar sobre Flávio Calazans pode ser uma missão difícil, pois você corre o risco de não conseguir realizar um testemunhal à altura de sua mente brilhante.
A primeira vez que tomei conhecimento sobre sua pessoa foi por meio dos comentários de um amigo, que falava de uma de suas mais conhecidas obras, a Guerra dos Golfinhos, publicada em capítulos numa revista na década de 1990.
Logo depois vim a conhecê-lo pessoalmente, no meu 2º ano no curso de Bacharelado em Artes Plásticas pela UNESP de São Paulo como professor na disciplina de multimídia.
Suas aulas foram um choque de realidade para mim... Filosofia, semiótica, cores, tecnologia, mitologia, marketing, artes visuais, biologia, Gestalt...
Suas agradáveis e fantásticas aulas faziam um amálgama das várias áreas do conhecimento humano, demonstrando que todo o saber se interliga de alguma forma.
Posso fazer o comparativo do nadador que flui livre pelas águas (que ele tanto ama), assim é Calazans através dos oceanos da nossa cultura.
Fora o fato de que muitas coisas das quais citou em suas aulas, hoje se concretizam com as mais novas tecnologias, basta ler em seus livros e artigos: tecnologias subliminares, realidade virtual, biotecnologia, tudo isso e muito mais já inseridos em nosso cotidiano.
Sua produção como quadrinista também é algo bastante marcante – mais de 200(!) histórias publicadas em fanzines e revistas no Brasil e no mundo.
Seus quadrinhos mostram que domina com maestria a arte das narrativas gráficas com seu traço leve e ágil, enquadramentos dinâmicos e diagramação ousada.
Seus roteiros são algo de diferenciado, dotados de grande inteligência, vão de temas como o misticismo, mensagens político-filosófico, humor, drama...
Enfim, um trabalho carregado de geniais sacadas que só alguém com a sagacidade e a visão de mundo de Calazans poderia realizar.
Ele publicou álbuns marcantes em nossa cena independente: Guerra das Ideias, Absurdo, Guerra dos Golfinhos, A Hora da Horta.
Algo de hercúleo num cenário tão instável como o nosso.
Se falássemos somente do artista, já seria histórico, porém de 1979 até 2000, Calazans editou um dos mais frutíferos projetos das HQs nacionais: A revista BARATA, reconhecida internacionalmente, durante mais de 20 anos revelou diversos autores, sendo uma das mais criativas trincheiras do quadrinho alternativo em nosso país.
Porém, muito além do professor, cientista e artista, posso me alegrar em dizer que conheci o “ser humano” Calazans. Sujeito integro, amigo e que não mede forças para nos auxiliar.
Dando valiosas dicas (sem esconder ou omitir informação como fazem alguns), indicando caminhos, estimulando o desenvolvimento e o crescimento de projetos e trabalhos pessoais de seus alunos e orientandos.
Sem sombra de dúvidas, afirmo que, muito além do comunicólogo, doutor, ou seja, lá qual for o (merecido) título que se aplique, aí está uma pessoa extraordinária, um cara diferenciado, abençoado com uma sabedoria ímpar e um nobre coração.
E para finalizar, posso dizer que um dia com Calazans (seja através de suas conversas, palestras, aulas, ou pela leitura de seus magníficos textos, artigos ou quadrinhos) jamais é um dia perdido – é um dia que você se aprimorou.
Lafaiete Nascimento – São Paulo 08-09-2013
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