Canção da Guerra das Idéias por Flavio Calazans - abertura da peça teatral
CANÇÃO DA GUERRA DAS IDÉIAS.
Flávio Mario de Alcântara Calazans
Esta vida é uma luta
Branco, preto, japonês
É um bate, soca, chuta
Quem quer trégua num tem vez
Esta luta é uma guerra
Pelo mundo todo tem
Cidade e campo, praia e serra
Entre dois home ou cem
Esta guerra é eterna
Começou nos nosso avós
Em Igreja ou caserna
E continua até nós
(REFRÃO)
É a GUERRA DAS IDÉIAS
Todo home e muié faz
Pensam que levam as idéias
Mas as idéias é que os traz
Nesta Guerra das Idéias
Entra véio, entra moço
Todo mundo tem idéias
Todas água do mesmo poço
Esta guerra é pra vencer
E obrigá a acreditá
Os vencido convencê
E as nossa idéia aceitá
Você já tá nesta Guerra
Num tem fuga, num tem jeito
É em todo planeta terra
Então vamo metê os peito!
(REFRÃO)
Nesta Guerra das Ideias
Todos mudam de lado
Pois quem não muda de idéia
Já tá morto e enterrado
Onde se luta esta Guerra?
É dentro da tua cabeça!
Num se ganha mar nem terra
Vê se aprende, não esqueça
Tem dois exército que anda
Cê já sabe, num se queixa :
Um é DITADOR e manda
O outro é LIVRE e deixa
(REFRÃO)
Não importa como seja
Política ou Religião
Cê sempre abraça e beja
Idéias dum dos dois batalhão
Cada coisa que cê faz
Que cê gosta ou acredita
Podes crê que por detrás
Tem estas idéia bendita
Cê já foi avisado
Tem este dois exército
O certo e o errado
O bom e o marvado
(REFRÃO)
Num é uma vez só
Que cê vai escolhê
Sem tê pena, sem tê dó
Dos fruto que vai colhê
Cê tem esta escolha
Cada dia, cada hora:
Deixá escorre ou pôr rolha
Ficá por dentro ou por fora
Destes exército inimigo
Cada hora um é certo
A escolha tá contigo:
O fechado ou o aberto?
(REFRÃO)
É a GUERRA DAS IDÉIAS
Todo home e muié faz
Pensam que levam as idéias
Mas as idéias é que os traz
CALAZANS
GUERRA DAS IDÉIAS em história em quadrinhos teve tanto sucesso na época que um grupo de Teatro do Prof.e Diretor Wladmir Madeira pediu-me para adaptar o projeto para o formato de peça de teatro,
fiz em dois meses e registrei na SBAT (Sociedade Brasileira de Autores Teatrais) sob numero 24.942, em 1 de dezembro de 1987,
Pois re-escrevi todos os diálogos e reformulei os episódios segundo a carpintaria da dramaturgia teatral,
Então a montagem seria encenada com apenas 4 atores - 3 homens e uma mulher que alternariam-se revezando os personagens em cada episódio, vestidos com camiseta e shorts de cor negra e vestindo adereços (uma espada greco-romana, um florete, uma kataná, um lençol fazendo de toga ou saia, um copo, etc) ou seja, sem cenário e com pequenos adereços que cabem numa mochila, o fundo musical daria o clima e ambientaria a cada povo e época
Escolhi por manter este conceito minimalista para facilitar levar a varias cidades o espetáculo, e pelos esquetes terem o formato modular, teria no máximo 40 a 45 minutos de duração com os episódios escolhidos pelos próprios atores em cada dia, alternando-os
Ou seja, se o publico voltar amanhã vai ver alguns episódios diferentes dos apresentados na sessão de hoje.
Para a versão de teatro compus esta canção em cordel que abre e fecha o espetáculo
Ela é inédita, ninguem a publicou antes.
Registrei as versão em peça teatral da GUERRA DAS IDÉIAS também na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro,
Foi em 13 de outubro de 1987,
E lá nos registros ela recebeu o numero 42627,
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