Europa, o velho continente, a terra de onde meus ancestrais vieram, em caravelas, construíram o Brasil. Voltando após várias gerações, piso esta terra antiga, respiro seu ar, bebo suas águas, comungo inteiro com todos os sentidos com este continente que é passado e memória, arquétipos do inconsciente coletivo esperam-me incrustrados em cada pedra, cada parede, cada rua dessas cidades mais velhas do que a memória… Cidades cobertas por séculos e séculos de poeira acumulada com sangue, música e artes… Cidades fundadas por celtas, cujos dólmens telúricos foram enterrados pelos templos edificados pelos romanos, e sobre as ruínas destes os cristãos erigiram suas catedrais. Templos sobre templos sobre templos… Camadas de deuses empilhados, sobrepostos, enterrados, esquecidos… ruínas carcomidas, orgulhosas de seu passado. A catedral é uma igreja, um templo cristão, entretanto, mais do que isso, a catedral é uma obra de arte, uma peça gigantesca que toca-me por todos os ...
já li o mesmo conceito aplicado como autoria a DESCARTES: “Desculpe a carta longa, escreveria outra, menor, se tivesse tempo”
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