O Golfinho empunhetado pela emponderada

O BIZARRO EXPERIMENTO ONDE UMA MULHER SE RELACIONOU COM UM GOLFINHO.

Margaret Howe Lovatt queria ensinar o golfinho Peter a falar inglês, mas acabou compartilhando a “língua do amor” com o mamífero.

A mulher afirma ter feito sexo com o golfinho como parte de um experimento na década de 1960.





O golfinho era objeto de um estudo da Nasa, que tinha como objetivo ensinar o inglês aos animais.

Durante dez meses Margaret viveu confinada em uma casa-aquário com o golfinho Peter, nas Ilhas Virgens(EUA) .

Porém, logo esse contato frequente passou a fazer com que Peter desenvolvesse desejos sexuais com uma frequência maior.

Em um primeiro momento, logo que percebia a excitação do golfinho, Lovatt o levava para o tanque com as fêmeas.

Contudo, de acordo com os pesquisadores, esse transporte frequente ao outro tanque fazia com que os ensinamentos de Peter passassem a ser ignorados.

Com isso, surgiu uma solução inusitada e perturbadora: Margaret passou a suprir as necessidades sexuais do cetáceo de forma manual.



Com o passar do tempo, os pesquisadores passaram a fazer outro tipo de estudo com animais: os efeitos que o LSD poderia ter em seus cérebros.

Licenciado pelo governo para tal atividade, Lilly era um dos poucos autorizados a fazerem pesquisas com a droga.



Porém, as respostas deles à substância não foi diferente do que as pessoas tinham.



Com a falta de resultados significativos no estudo, a NASA não financiou mais a pesquisa e o laboratório teve de ser fechado.

Com isso, os animais foram realocados para o antigo local de trabalho de Lilly, muito menor e desprovido de liberdade, conforto e luz do sol para os cetáceos.

Além disso, a divulgação da natureza do relacionamento entre Margaret e Peter foi um verdadeiro escândalo na época.

Com o fim do experimento o golfinho acabou se matando..

Por mais estranho que isso pareça, ela é plausível.

Ao contrário de nós, seres humanos, os golfinhos não são respiradores automáticos, ou seja, cada vez que respiram, a ação é uma decisão consciente.

Assim, eles podem escolher não fazê-la, prendendo a respiração até a morte.

De acordo com o veterinário que cuidava de Peter, ele morreu por causa de um coração partido incompreendido..

Formado em Medicina, o neurologista John Lilly trabalhava no Instituto Nacional de Saúde Mental , perto de Washington, durante a Guerra Fria; em 1954 temia-se muito as técnicas de lavagem cerebral russas e coreanas, e Lilly fez de sí próprio cobaia humana em uma experiência de "privação sensorial".

Mergulhado nú em água a 34 graus celsius, sem sentir calor nem frio que distraiam, boiando em um tanque escuro, sem som nem luz, flutuou livre de gravidade por muitas e muitas horas ( esta experiência dele está registrada no filme "Alterated States", no Brasil "Viagens Alucinantes"), as versões posteriores deste aparelho foram batixadas como "tanque de privação sensorial" , mas Lilly discordou do nome, para ele, ao invés de privação, houve mas é um novo tipo de sensações resultantes do cessar estimulação externa, o cérebro parecia ter buscado informação interior.

Lilly relata ter tido transes místicos, visões e até mesmo viagens astrais-saindo do corpo e indo a outros lugares: "Descobrí que sou uma combinação de milhões de organismos vivos que, somados, formam o meu ser"

A "viagem" sem sair de dentro do tanque trouxe ao cientista uma nova visão do mundo e de sí próprio, e como decorrencia lógica, passa a pesquisar aqueles que vivem livres da gravidade, flutuando na água todo o tempo, os golfinhos.

Um resumo destas experiências com golfinhos de Lilly está no filme "The Day of the Delphin", no Brasil "O dia do golfinho".

Lilly tentou mapear o cérebro dos golfinhos com eletroencefalograma, mas os golfinhos morriam. Lilly abandonou esta linha de pesquisa declarando que os golfinhos eram inteligências antigas e elevadas que não podiam sr tratadas como inferiores e cobaias; em 1976 croiu a "Fundação Humano-Golfinho" com o objetivo de estabelecer as bases da comunicação humano-golfinho, empregando computadores e sons de alta velocidade, consegue ensinar um casal de golfinhos filhotes (Joe e Rosie) a falar 30 palavras em inglês, combinando pronomes, verbos e substantivos para formar frases e comunicar-se, empregando fonética e os tratando do mesmo modo como ensinamos nossas crianças a falar, isto gerou escândalos , pois, ao contrário de papagaios, os golfinhos articulavam frases, comunicavam-se verbalmente na língua inglesa, durante uma exibição, sem gestos falou -"Joe, fundo piscina, disco plástico, trazer caixa boiando" e Joe mergulhou, pegou o disco e colocou na caixa; havia outro disco boiando, mas Joe raciocinou, escolheu, discerniu, decidiu.

Em 1972, Lilly escreve um livro popular difundindo suas pesquisas , "O centro do Ciclone" , onde afirma que se todos do planeta tivessem a consciência como a dos golfinhos, não haveria guerras, e problemas como poluição e doenças seriam velozmente resolvidas, e uma empresa que incentive seus gerentes a estas experiências místicas teria aumento de produtividade, soluções criativas às crises e melhores relações com o público.

Já em 1983, a conferência de Lilly na Universidade Berkeley atrai o ódio de religiosos e o ridículo da mídia, ao afirmar que os golfinhos tem uma cultura e que podem pensar como os padrões humanos, tendo uma ética e uma política; quando um golfinho é ferido, os outros o ajudam a nadar e todo o grupo retarda a velocidade, eles o carregam e alimentam até ficar curado, solidários.

Questão proposta por uma pessoa do público: - "Se os golfinhos são de fato tão inteligentes, porquê não dominam o mundo?".

Resposta de Lilly:- "Talvez eles sejam tão inteligentes que não queiram isto, querer dominar o mundo é apenas uma tentativa frustrada de dominar sua própria realidade interna, o que revela insegurança".

Além de Lilly, muitos outros cientistas pesquisaram a comunicação por sonar dos golfinhos; a equipe de MARKOV, do Instituto de Morfologia Evolutiva e Ecologia dos Animais da Academia de Ciências da Rússia deu continuidade às pesquisas e Lilly.

Vladimir Markov pesquisou golfinhos vivos no golfinário de Karadag, no Azerjaibão, e publicou os resultados em artigos nos quais defende a existência de um idioma sofisticado falado pelos golfinhos.

O Idioma Golfinho seria composto de 51 sons de impulsão e 9 tipos de assobios tonais, seria o alfabeto básico (como as vogais I, E, A, O, U e as consoantes B, C, D, etc), porém é apenas a sintaxe, para Markov, a gramática e o dicionário-conceitos-conteúdo é complexo demais para ser compreendido pelo cérebro humano.

Estas pesquisas não costumam ser pautadas e divulgadas na mídia internacional por serem chocantes demais para a mentalidade do grande público, e por chocarem-se com dogmas religiosos e políticos vigentes, sendo considerados matéria proibida ou mera curiosidade a ser publicada como assunto exótico ou ridículo, e exposto apenas para escárnio e zombaria.

O GOLFINHO NA HISTÓRIA E NAS LENDASS

Flávio Calazans zans zans

Há referências ao comportamento e personalidade dos golfinhos que remontam até os primeiros documentos escritos, ao início do próprio registro de fatos a que chamamos de História.

Diversos povos primitivos empregaram a imagem de golfinhos em pinturas de cavernas, paredes de templos, moedas, jóias, decoração de vasos, etc. Há até mesmo um pictograma, um selo de gofinho na Ilha de Creta, no Mar Mediterrâneo, que data de 3.500 anos de Cristo nascer.

Ulisses (Odisseu), o lendário rei de Ítaca que teve a idéia de construir aquele cavalo de madeira cheio de soldados com o propósito de vencer Tróia - o “Cavalo de Tróia”, presente de gregos, o Odisseu da Odisséia (o poema épico do cego Homero), este Ulisses tinha por bandeira, brasão heráldico, o golfinho.

Ulisses simbolizava a inteligência, a esperteza e os ardis estratégicos, a mente lógica e intelectual da cultura grega, e o golfinho sendo seu símbolo mostra que os gregos associavam estes predicados, atributos e qualidades aos golfinhos.

Foi entre os gregos que surgiu o primeiro caso registrado de um golfinho que salvou um náufrago humano de se afogar no mar. Heródoto, o Pai da História, conta que Arion estava num navio indo de Corinto à Sicília quando marinheiros, querendo roubar seu ouro, jogaram-no mar e um golfinho o carregou nas costas por horas até a praia, salvando sua vida.

Também entre os romanos, Plínio, o Velho, narra diversos casos de meninos mergulhadores que fazem amizade com golfinhos e os cavalgam.

Até mesmo o famoso filósofo grego que foi professor de Alexandre, o Grande, o filósofo Aristóteles, escreveu sobre os golfinhos. Ele disse que eles são inteligentes e observações empíricas dele próprio fizeram-no acreditar e escrever que eles têm uma linguagem verbal, articulada igual à nossa, humana.

Aristóteles foi o primeiro a considerá-los tão inteligentes quanto os homens.

Quando o Cristianismo era uma seita com poucos seguidores, eles se escondiam nas catacumbas, os cemitérios subterrâneos de Roma, e nestas galerias os primeiros cristãos pintaram seus símbolos nas paredes.

Pois não é que o primeiro símbolo que os cristãos adotaram para representar nosso Senhor Jesus Cristo foi o golfinho, símbolo de tudo o que é bom e santo?

Somente no século terceiro, trezentos anos depois de Cristo, é que o símbolo do golfinho foi substituído pelo do peixe, cujo desenho é parecido, e apenas muito tempo depois é que surgiu a cruz, o crucifixo como símbolo do Cristo Redentor que é usado até hoje. Isto nos fez esquecer o começo, nossa origem como civilização cristã, quando o amor e a caridade eram representados pelo golfinho que nada livre no mar, na imensidão azul do oceano.

O golfinho foi sempre, em todos os povos, um símbolo sagrado; para os helênicos, representava a saúde e a salvação.

Hermes, o deus Mercúrio dos romanos, o deus do comércio e do esoterismo (de onde vem hermetismo), mensageiro dos deuses do Olimpo, com asas nos calcanhares e no capacete, era representado muitas vezes cavalgando um golfinho, pois o golfinho estava associado a segredos herméticos, ao esoterismo e misticismo.

Eros e Afrodite também eram representados cavalgando golfinhos. Telêmaco, filho de Ulisses, foi salvo de morrer afogado por um golfinho. O deus do sol e das artes, Apolo, também era representado cavalgando um golfinho. Em seu famoso oráculo, o templo de Apolo situado na Ilha de Delfos, local de adivinhações, as profecias eram proferidas sempre pela boca de uma “mulher-golfinho”, a virgem sacerdotisa vestal, de modo que estivesse aberta para ouvir os delfins.

Na Ilha, a Mesopotâmia, também há lendas mais antigas ainda.

A Babilônia teria sido lendariamente fundada por deuses-golfinhos.

E a própria ilha-continente afundado, citada por Platão e lenda das mais antigas e universais, origem de diversas doutrinas ocultistas, a ilha perdida de Atlântida, também foi fundada por golfinhos, ancestrais divinos dos reis atlantes.

Atlântida levava tão a sério sua origem lendária e orgulhava-se tanto do seu passado e de seus ancestrais, que o golfinho era seu símbolo, sua bandeira, brasão-escudo heráldico que estava presente nas armaduras, punhos das espadas, velas dos navios e até nas moedas.

Golfinhos sempre foram tema de tatuagem na pele de marinheiros, daqueles da lendária Atlântida até os de nossos dias.

O pesquisador e explorador submarino Jacques Cousteau chamava os golfinhos de “vozes do mar” e de “intelectuais dos mares”.

E o escritor norte-americano Arthur C. Clarke diz que eles têm uma literatura oral, uma história e uma filosofia não-escritas, conhecimentos que eles memorizam e comunicam verbalmente, contando ou cantando para os jovens aprenderem sua sofisticada cultura, passando sua sabedoria racial de geração a geração.

O astrofísico da NASA, Carl Sagan afirma que “somos a única espécie com a qual os golfinhos poderiam realizar experiências psicológicas”. Sagan pesquisou o canto de baleias por computadores e descobriu padrões que o convenceram que elas recitam ou cantam longos, enormes poemas épicos.

Uma literatura oral, fruto de uma cultura não-humana, resultado de mentes diferentes das nossas, produzindo épicos literários, literatura oral, épicos como Os Lusíadas de Camões, como a Ilíada e a Odisséia de Homero, como a Eneida de Virgílio, o Paraíso Perdido de Milton - obras poéticas da magnitude de uma epopéia de Gilgamesh, de uma Divina Comédia de Dante ou mesmo de um Alcorão ou da Bíblia, com suas lições de vida.

Os aborígenes do norte da Austrália consideram o golfinho um animal sagrado, um ancestral mítico, religioso. Ele é o seu totem.

E os antigos egípcios acreditavam que eles eram encarnações dos deuses.

Os hindus acreditavam que o deus Vishnu, em uma de suas encarnações, foi uma baleia. Vishnu é um dos principais deuses da trindade hindu, e ter sido uma baleia é uma honra e distinção para com os cetáceos, é como se, para nós, Cristo tivesse encarnado em um golfinho.

“Os Deuses consideram o massacre do golfinho, o monarca das profundezas, tão execrável quanto o assassinato de um homem.” (Oppian, poeta grego)

No livro Golfinhos - a nova mitologia, Boris Sai conta um caso de cientistas que chegaram de navio num local determinado do mar, na costa mexicana, para estudar um eclipse total do sol mais visível daquele ponto específico.

Pois, ao chegarem ao local, encontraram milhares de golfinhos que pareciam ter ido lá tempos antes para esperar o espetáculo do eclipse solar.

Será coincidência? Ou eles sabem Astronomia e calculam a trajetória dos astros, como os marinheiros antigos em suas caravelas?

O jornal New York Times conta que quando um helicóptero jogava ao oceano uma coroa de flores na exata longitude e latitude onde (em janeiro de 1986) havia caído a espaçonave Challenger, um grupo de cinqüenta golfinhos fez um tipo de balé, dançou em conjunto como que homenajeando os astronautas mortos. Outra coincidência?

Centenas de lendas correm em todos os países, e todas elas tem em comum aquele ar de mistério que toca profundamente as pessoas que já tiveram experiências místicas, e aqueles que já tiveram a oportunidade de tocar a pele quente de um golfinho ou de nadar entre eles sente a veracidade de todos estes relatos fantásticos.

O golfinho é um mamífero de sangue quente, respira ar como nós, mergulha prendendo a respiração em média por sete minutos, e nada em uma velocidade de 75 milhas por hora, mantendo este ritmo por mais de uma hora, mais veloz que um torpedo, e esta rapidez é que permite erguer-se fora d’água batendo a cauda, parecendo estar andando sobre as águas (parecendo um milagre cristão).

Outra surpresa ocorre ao estudar o esqueleto de golfinhos, pois eles e as baleias tem, dentro daquelas barbatanas laterais ao corpo, ossos de dedos, cinco dedos como os humanos, e até com o polegar opositor, esta imagem sempre deixou-me curioso, desde quando eu era muito pequeno e minha mãe levava-me ao Museu de Pesca de Santos onde eu passava muito tempo admirando o esqueleto da gigantesca baleia e os dos golfinhos, com suas mãos de cinco dedos e polegares...

Golfinhos localizam cardumes com seu sonar, sons de alta freqüência, 10 vezes maior que a voz humana, ecolocalização, o som ricocheteia, os deixando conscientes de tudo à sua volta por longas distâncias todo o tempo.

O cérebro de um humano pesa 1.400 gramas, enquanto o de um golfinho pesa 1.800, quase dois kilos, muito maior que o humano em proporção ao peso do corpo, a área do neocórtex ligada ao som é muito mais desenvolvida, o bulbo olfativo é atrofiado (na água não há cheiros), e vêem tão bem sob a água, seis metros de profundidade, quanto fora dela.

Louis Herman, diretor do “Kewalo Basin Marine Mamal Laboratory”, em Waikiki, Hawai, afirma que suas pesquisas indicam que os golfinhos seriam capazes de raciocínio abstrato, generalizações, e Herman acredita ser possível desenvolver um dicionário para entender a linguagem dos golfinhos.

texto retirado do livro CALAZANS "Ecologia e Biomidiologia" Plèiade Editorial 2002

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