Lendo Lolita em Teerã - Azar Nafisi

Lendo Lolita Em Teerã - Azar Nafisi

Azar Nafisi nasceu no Irã e aos 13 anos foi enviada para a Inglaterra para estudar.

Na Universidade de Oklahoma, nos Estados Unidos, concluiu seu doutorado em literatura inglesa.

Em 1979, com a derrubada da ditadura e a fundação da República Islâmica do Irã, a autora retornou ao seu país com a expectativa de encontrar grandes mudanças políticas, mas deparou-se com um regime de terror, imposto pelos aiatolás.

Azar Nafisi permaneceu em Teerã por 18 anos.

Lecionou literatura inglesa na Universidade de Teerã de 1979 a 1981, quando foi expulsa por se recusar a usar o véu.

Deu aulas na Universidade Livre Islâmica e na Universidade Allameh Tabatai, no Irã.

A autora ficou conhecida mundialmente com a publicação do livro Lendo Lolita em Teerã, traduzido em 32 idiomas.
Azar Nafisi vive em Washington e escreve regularmente para The New York Times, The Washington Post e The Wall Street Journal,

Esta é a história do sonho de Azar Nafisi e do pesadelo que o fez se tornar realidade.

Durante dois anos, antes de deixar o Irã, em 1997, Nafisi reuniu sete jovens mulheres em sua casa, todas as manhãs de quinta-feira, para ler e discutir obras proibidas da literatura ocidental.

Todas eram suas antigas alunas da universidade.

No início, todas se sentiam tímidas e desconfortáveis, desacostumadas com o fato de expressarem seus pontos-de-vista, mas com o passar dos dias começaram a se abrir e a falar mais naturalmente, não apenas sobre os romances que liam, mas também sobre suas vidas pessoais, seus sonhos e seus desapontamentos.

Suas histórias pessoais coincidiam com aquelas que liam - Crime e castigo, Madame Bovary e Lolita - a Lolita delas, do modo como a imaginavam em Teerã.

A narrativa de Nafisi remonta aos primeiros dias da revolução, quando ela começou a lecionar na Universidade de Teerã, em meio a um turbilhão de protestos e manifestações.

Naqueles dias frenéticos, os estudantes tomaram o controle da universidade, expulsaram membros do corpo docente e revogaram o currículo dos cursos.

Em um dos episódios, quando um radical islâmico na classe de Nafisi a questionou sua decisão de ensinar O grande Gatsby, considerada por ele uma obra imoral e que pregava falsidades do 'Grande Satã', a professora decidiu, em uma atitude inesperada, organizar o julgamento de Gatsby.

Na encenação, seu aluno seria o promotor e ela a única testemunha.

Esta história é um retrato fascinante do Irã na época mais acirrada do sangrento conflito com o vizinho Iraque.

A partir do sutil olhar feminino, aprendemos como era a vida e a luta das mulheres no Irã revolucionário.

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