BOX de livros do Flusser
A editora AnnaBlume lança uma coleção de livros do "Filósofo das tecnologias", cult no leste europeu e no Japão, Vilém Flusser,
um membro oculto e sabotado como Décio Pignatari no grupo fundador da ECA USP, professor de TEORIA da COMUNICAÇÃO da FAAP, professor da POLI USP (Epistemologia)e autor dos clássicos livros "PÓS-HISTÓRIA"
, "Natural:Mente"
e o cultuado "Filosofia da Caixa Preta" ou "Filosofia da Fotografia" , biografado por um documentário alemão "DER FLUSSER FLUSSER" (o fluxo de Flusser) .
Conheçi Flusser pessoalmente quando trabalhei no projeto belga-brasileiro "CHEZ COULLEURS" (CASA DA COR) do Grupo BASF, e suas palestras e cartas influenciaram muito meu mestrado e inspiraram meu projeto SANTOS CIDASDE ARCO-IRIS (pintar os sete canais da cidade de Santos das sete cores newtonianas do arco-írios e os ônibus urbanos das cores dos canais, criando um código não verbal, não figurativo, pós-histórico.
Esta coleção foi-me apresentada por um ex-orientando e amigo, Josiel.
Na coleção BIBLIOTECA FLUSSERIANA (ISBN: 8539101122 / 9788539101122) da editora AnnaBlume - SP,
constam alguns dos livros seminais do pensamento flusseriano :
'Língua e Realidade' (Um excente aprofundamento da idolatria à textolatria dos fundamentalistas e de como a língua formata nossa percepção da realidade, escrito por umm poliglota que optava pelo idioma Português devido a sua ontologia do gerúndio onde o ser está no objeto emm ação, muito dificil de resumir mas muda a visão de quem compreende mais de tres idiomas) ;
'A História do diabo' (uma divertida elocubração filosófica);
'O Universo das imagens técnicas - Elogio da superficialidade' (o caro tema flisseriano da tecnologia e das imagens técinicas);
'A Escrita ? Há futuro para a escrita?' (nova digressão sobre as línguas e a oralidade tecnológica desbancando a escrita);
'Bodenlos - uma autobiografia filosófica'.
Toda obra flusseriana é sempre um inentivo a pensar e refletir, de um filósofo judeu de Praga que é pouco conhecido no país onde criou seus melhores textos.
Flusser tem inspirado dúzias de teses acadêmicas, muitas publicadas em livro, e muitas mal-compreendidas, pois como o conhecí sinto siua voz no texto e , como ocorre com quem conheçeu o autor, posso intuir onde Flusser está sendo provocativo com suas ironias, o que escapa a alguns usuários de suas teorias e elocubrações, como a querela sobre a morte da arte em um famoso jornal onde saiu página inteira com Flusser afirmando que o suporte da arte acaba com o urinol público de Duchamp e que pintar uma monalisa hoje seria produzir lixo, frases de Flusser descontextualizadas e sem seu sorriso ironizando são facilmente mal-compreendidas, o0 meu prazer em ler textos de flusser é sentir sua voz sob o texto, o homem que se sobrepõe ao próprio pensamento, e como todo bom judeu praticante, sabendo rir de si mesmo (vide o livro do brasileiro genial criador do micro-conto -para-ler-entree-duas-estações-do-metrô Moacyr Scliar :"Humor Judaico")
Todavia, o primeiro Provedor de Internet da USP chamava-se FLUSSER ! Poucos sabem disto !
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