CORES calazanistas nos Hospitais !

Eu fui orientado no mestrado na USP pelo saudoso Doutor Modesto Farina, o principal especialista em cores da USP; nesta época fui monitor da pesquisa COR NO AMBIENTE HOSPITALAR.Esta enorme pesquisa foi feito com verbas do CNPQ - Conselho Nacional de Pesquisa de Brasília, cobrindo 16 especialidades de doenças (patologias) entrevistando 22 mil médicos, 5 mil enfermeiros-padrão e 15 mil pacientes hospitalares internados, cobrindo 60 hospitais de cidades com mais de 500 mil habitantes por todo o Brasil.

Os resultados foram muito surpreendentes, pois 95% dos médicos acreditam que as cores usadas no ambiente hospitalar podem ajudar na recuperação dos pacientes, 4% acham que cores talvez ajudem e 1% tem dúvidas se cor teria efeito na fisiologia.

Já os pacientes prefrem as cores conforme suas doenças, são atraidos por alguns padrões vibratórios e repudiam outros, talvez relacionado a sua doença:

-Cardiopatas preferem bege.

-Doentes mentais preferem verde claro.

-Pacientes com lesões neurológicas são atraídos por azul claro.

-Internos de traumatologia e ortopedia são os únicos a ser atraídos pelo branco.

-Centros cirúrgicos e UTI - Unidade de Terapia Intensiva, pela escolha da maioria dos pacientes seriam verde claro.

-Diagnosticados como sofrendo de PMD-Psicose Maníaco-Depressiva, rejeitam todos os tons de azul.

-Mais de 50% preferiam que o branco fosse substituído por azul claro ou marfim.

-A única exceção total em uma área de especialidade foi em ginecogeriatria, as senhoras idosas internadas preferem o branco e justificam como assepsia.

-70% dos médicos recusam a abrir mão do branco, mesmo se auxilasse na recuperação dos seus pacientes e alem higiene e assepsia; meu professor e orientador Farina (na Revista Diálogo Médico n.2 ano 16 página 11) dizia que a preferência pelo branco seria auto-afirmação pessoal como doutor ou corporativismo.

Os resultados da pesquisa foram:

1) VERMELHO (760 a 610 nanômetros) - abre o apetite e estimula , bom para hipotensos.(uma pesquisa em Berlin demonstrou que mil portadores de insuficiência cardíaca rejeitaram instintivamente a cor vermelha, e Max Lüschem , autor da consultoria de marketing desta pesquisa, recomendou retirar a cor vermelha de todas as embalagens de medicamentos do coração)

3) LARANJA (610 a 590 nanômetros) - para depressivos ou com batimento cardíaco irregular, acelera metabolismo ósseo.3) AMARELO (590 a 570 nanômetros) -hepatite e doenças do baço e medula óssea, estimula concentração e trabalhos intelectuais.

4) VERDE (570 a 500 nanômetros) -melhora o equilíbrio e atua como tranqüilizante, acelera metabolismo hepático e incrementa a velocidade de cicatrização de tecidos em pós-operatório.

5) AZUL CLARO (500 a 450 nanômetros) -para hipertensão arterial, pressão alta, reduz ansiedade e estresse.

6) AZUL DA PRÚSSIA (subdivisão da mesma faixa) - contra processos infecciosos, também atua como sedativo ou analgésico.

7) VIOLETA (450 a 380 nanômetros) - antisséptico e regenerador do sistema nervoso esgotado e estressado com fadiga prolongada, auxilia em processos tumorais , usado nos USA em banhos de luz contra Psoríase e dermatites.

8) ULTRAVIOLETA - padrão de onda invisível ao olho humano, com mais de 450 nanômetros de ondas muito curtas, lâmpadas irradiadoras com esta freqüência de luz- cor são usadas desde os anos 1980 pela antiga URSS para prevenir doenças pulmonares em mineiros e trabalhadores das minas de carvão

O Laboratório de Fotometria de Bures-Sur-Yvette na França comprovou em pesquisa fotobiológica de plantações rurais que o vermelho acelera o crescimento das plantações e o azul retarda o amadurecimento e a colheita da safra.

Em uma fábrica da Renault havia paredes verdes rajadas de preto, e esta combinação de ondas causava depressão e enxaqueca nos funcionários.

A Clinica suíça de São Lucas na cidade de Dornach efetuou pesquisas com cores, e seu pesquisador Norbert Glass descobriu um padrão alternado de cores que alega ser eficaz pra tratamento de câncer .

O neurologista Kurt Goldstein realizou experiências com pacientes sofrendo de lesão cerebral e constatou que a cor vermelha causava desequilíbrio e labirintite com náuseas, e que cessavam os sintomas ao expor-se luz da cor verde; o comprimento de onda maior do vermelho tem efeito expansivo -extrovertido, fazendo aumentar o ambiente, e o verde como complementar tem ondas curtas que favorecem a concentração e o centrar-se em si mesmo, equilibrando o paciente.

Muitas pesquisas sobre cor foram realizadas de forma séria em vários países, e é um risco recorrer para cromoterapias, há muito o que pesquisar ainda e é arriscado aceitar expor-se a qualquer "curioso" mesmo que bem intencionado, pois existe um fenômeno chamado de saturação (que é uma constante matemática e biofísica) ou seja, dependendo do comprimento de onda, tempo demais exposto dá o efeito inverso;

-Agora um exercício para comprovar isto- basta olhar muito fixamente por 30 segundos para um objeto amarelo bem clarinho e depois voltar os olhos para um fundo branco e surgirá a silhueta do objeto em um roxo escuro, isto é a saturação oposta e feito oposto após 30 segundos, este é o perigo dos auto-intitulados "cromoterapeutas" que nada conhecem das pesquisas e do funcionamento do olho humano, fazendo muito mal e piorando seus pacientes ao usar cores por tempo demasiado, tudo é questão de dosagem, beladona é um veneno, mas doses diluídas fazem dele um relaxante muscular, dos!agem, tempo de tratamento é o segredo..

Por outro lado, em sendo as cores desencadeadoras de emoções, e sendo percebidas visualmente (há pesquisas dermocromáticas sobre cegos que identificam cores pelo tato), pode-se afirmar, segundo Sperry, que seriam percebidas pelo hemisfério direito do cérebro.

Todavia, há pesquisas que, aparentemente, vêm contrariar essa hipótese.

A já mencionada "Casa da Cor" recebeu um artigo distribuído pelo "Centre Français de Ia Couleur", extraído da revista Nature de agosto de 1989, volume 340, n° 6.282, de autoria de Lueck et alii cujo título é "The Colour Centre in the Cerebral Cortei of Man", o qual comprova com eletroencefalograma e fluxo sanguíneo do cérebro (as mais modernas técnicas de mapeamento cerebral) uma inesperada atividade predominante no hemisfério esquerdo do cérebro. Segundo os autores: "We are unable to explain this".

Tal pesquisa veio contrariar todos os conhecimentos que vêm sendo acumulados sobre cores desde que existe registro escrito, História.

Outras pesquisas vêm sendo desenvolvidas buscando aprofundar mais cientificamente o conhecimento dos efeitos subliminares das cores no cérebro.

Veja-se o livro de Luciano Guimarães, "A cor como informação", dentro dos parâmetros neurológico-culturais mais modernos .

Resta continuar estudando as técnicas que apresentam reconhecido resultado subliminar, enquanto se aguarda a publicação de pesquisas ainda em andamento por todo o mundo, a verdadeira ciência ergue-se sobre contradições e novos parâmetros.

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